O presidente do Santos, José Carlos Peres, lamenta o “oportunismo” de parte do Conselho Deliberativo. O órgão pode abrir novo processo de impeachment a partir de reunião virtual na próxima terça-feira.
O parecer da Comissão de Inquérito e Sindicância (CIS) aponta supostas irregularidades nas contas reprovadas de 2018, com déficit de R$ 77 milhões.
“Lamento bastante. É ano político, as pessoas são responsáveis pelo que fazem. Não posso dizer o que ele (Marcelo Teixeira, presidente do Conselho Deliberativo) tem que fazer, ele mesmo tem que pensar. É um momento terrível. A gente já vinha com dificuldade e pagando todo mês corretamente. É momento de dar as mãos. É uma pandemia terrível. E resolver o que tem para resolver no clube de maneira harmoniosa e justa. Infelizmente o futebol brasileiro está difícil de trabalhar”, disse Peres, em entrevista à Rádio Bandeirantes.
“Teve o pedido de impeachment (em 2018), sócios disseram que não, e continuo trabalhando. Podem me chamar de incompetente, mas não de ladrão. Trabalho 16 horas por dia, é muita luta. Vir com essa situação em um momento com a equipe se Deus quiser voltando a trabalhar na semana que vem, com equilíbrio… Sem receitas não dá para fazer nada”, completou o presidente.
Se a maioria optar pela ação, José Carlos Peres apresentará sua defesa e uma nova assembleia com os associados pode ser marcada. Em setembro de 2018, os santistas presentes na Vila Belmiro votaram pela permanência do presidente no cargo. O mandato termina em dezembro.
“O erro, e faço mea culpa, é que não tivemos comunicação à altura do que estávamos transformando o Santos (…). Espero que os conselheiros de bom senso entendam a situação. Portas estão abertas, perguntem e eu explico. Não fizemos qualquer negócio ilícito, é notório. Não tem nada de errado, honra, dignidade, nada para atuar. Existe um grupo que torce para dar errado e (Mário Sergio) Cortella sempre fala isso”, concluiu.
Da Gazeta Esportiva
