Com alta incidência de casos em 2018, Mato Grosso do Sul investe na prevenção de hanseníase

Em 2018, Mato Grosso do Sul registrou, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), 352 casos novos de hanseníase

Em 2018, Mato Grosso do Sul registrou, no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), 352 casos novos de hanseníase, o que corresponde a uma taxa de detecção geral de 12,83/100mil habitantes –  índice considerado de alta endemicidade pelos parâmetros do Ministério da Saúde. No primeiro semestre de 2019, o estado já registrou 235 casos novos diagnosticados. Atualmente, 758 sul-mato-grossenses diagnosticados com a doença estão em tratamento, disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Diante do cenário, o Ministério da Saúde em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde e de Municípios, realiza ações estratégicas para a vigilância, atenção e controle da doença. Entre as estratégias está a capacitação de profissionais de saúde em diagnóstico e manejo clínico da doença, com foco no diagnóstico precoce e tratamento oportuno dos casos.

Nesse contexto, no período de 04/fevereiro a 03/março deste ano, o estado foi contemplado com o Projeto “Roda-Hans: Carreta da Saúde Hanseníase”, em alinhamento as ações de mobilização da Campanha Estadual de Luta Contra a Hanseníase. O Projeto tem como objetivo capacitar em diagnóstico e manejo clínico da hanseníase os profissionais de saúde que atuam na Atenção Primária à Saúde. Ao todo, foram capacitados 464 profissionais, 78 casos novos diagnosticados, sendo 02 em menores de 15 anos, em 12 municípios das microrregiões de Jardim e Aquidauana.

A informação sobre os sinais e sintomas da doença e o diagnóstico precoce são as principais armas no controle da doença. Em 1967, quando Manoel Cândido começou a perder as forças na mão direita, os médicos de Corumbá não souberam identificar a condição e receitaram remédios que não surtiam efeito. Foram necessários dez anos para que, na capital, especialistas reconhecessem a infecção.

“Eu tomei o medicamento seis meses, certinho. Seis doses, e me disseram que eu estava pronto e curado. Mas depois, no meu entender, eu vi que eles não aceitaram aquele tratamento que eu fiz, porque foi apenas seis meses, e precisavam de mais? Aí conversaram comigo, me chamaram direitinho, e falaram “você vai fazer outro tratamento, que esse tratamento aí não foi suficiente. E comecei um novo tratamento. E eu tomei por um ano certinho”.

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