Até o dia 27 de junho, apenas 6,2% da área de milho prevista para a segunda safra 2024/2025 foi colhida em Mato Grosso do Sul, segundo dados do Projeto SIGA-MS, executado pela Aprosoja/MS. O percentual é 9,1 pontos percentuais inferior ao registrado no mesmo período da safra anterior. O atraso na colheita é atribuído às chuvas frequentes, que mantêm a umidade dos grãos elevada.
Além do clima chuvoso, geadas ocorridas na quarta semana de junho, especialmente nas regiões centro e sul do estado, impactaram negativamente cerca de 18 mil hectares, com perdas estimadas entre 10% e 30%. A Aprosoja/MS segue monitorando os danos causados pelas baixas temperaturas, conforme informou o assessor técnico da entidade, Flavio Faedo Aguena.
Atualmente, o milho se encontra em estádios reprodutivos nas diversas regiões do estado. Nas regiões nordeste, norte, oeste, centro, sul e sudoeste, a maioria das lavouras apresenta boas condições, variando de 78,6% a 92,8%. Já as áreas com condições regulares oscilam entre 1,0% e 19,5%, e as lavouras em condições ruins chegam a até 9,7%.
Por outro lado, a situação é menos favorável nas regiões sudeste e sul-fronteira, onde até 18,5% das lavouras se encontram em condições ruins. Nessas áreas, as condições regulares variam de 20,7% a 35,7%, enquanto as boas condições atingem de 56,5% a 60,8%, evidenciando uma queda no potencial produtivo.
Apesar das dificuldades climáticas, a estimativa para a produção de milho em MS nesta segunda safra é otimista. A área cultivada alcança 2,103 milhões de hectares, com produtividade média esperada de 80,8 sacas por hectare. A projeção é de uma produção total de 10,199 milhões de toneladas.
Esse volume representa um crescimento de 20,6% em relação à safra anterior, embora o aumento da área tenha sido de apenas 0,1%. A estimativa reforça o potencial produtivo do estado, mesmo diante dos desafios enfrentados nesta temporada.
