Chá Acadêmico na ASL aborda as histórias que fizeram de Campo Grande uma cidade estratégica

Academia Sul-Mato-Grossense de Letras promove encontro alusivo aos 120 anos nesta quinta-feira (29) 

Campo Grande é uma das melhores cidades do Brasil para se viver, conquistando uma posição estratégica no cenário nacional. Isso é resultado de uma trajetória repleta de trabalho, sonhos de migrantes e curiosidades registradas ao longo de 120 anos de emancipação. Essas histórias que nem todos conhecem serão contadas de um jeito especial no tradicional Chá Acadêmico, promovido pela Academia Sul-Mato-Grossense de Letras nesta quinta-feira (29), e que nesta edição recebe o professor, poeta, escritor e teatrólogo Américo Calheiros, autor de “Campo Grande Aquarela de Luz – Patrimônio vivo”, sua obra mais recente.

Ele adianta que a localização geográfica foi determinante para o crescimento de Campo Grande, especialmente após chegada da ferrovia em 1914, programada inicialmente para contemplar Cuiabá, capital do então Mato Grosso uno. “Mas não foi apenas isso. Abordaremos outros aspectos interessantes que contribuíram para que nos tornássemos um modelo de desenvolvimento para região e também para o Brasil”, esclarece Calheiros, que atualmente ocupa a cadeira de número 7 da ASL, entre os imortalizados pela literatura.

Tratam-se de fatos, coincidências e pitadas de sorte a serem reveladas durante o encontro, a partir de uma linguagem descontraída utilizada para entender os fatores políticos, sociais, econômicos e culturais que culminam na pujança desta jovem Capital que há cerca de 100 anos tinha pouco mais de 30 mil habitantes e hoje abriga praticamente um terço da população de Mato Grosso do Sul, ocupando posição relevante no cenário nacional em diversas áreas. O fascínio por esta história também é contado por Calheiros durante visitas ao longo do ano em diversas escolas e entidades.

Para o presidente da ASL, o escritor Henrique Alberto de Medeiros Filho, trata-se da celebração à cidade construída por seus filhos em apenas 12 décadas – feito que impressiona e merece ser relatado. “É parte da missão da Academia oferecer e levar às ruas o que é possível de nossas origens, de nossas raízes, identidades. Assim, conseguiremos melhorar as nossas bases para o futuro”, avalia Medeiros, 11º presidente eleito da Academia, fundada em 1971.

Já o Secretário-geral, escritor Rubenio Marcelo – responsável pela Comissão do Chá Acadêmico -, considera que a palestra de Américo Calheiros “cumprirá uma participação junto às comemorações pelos 120 Anos de Campo Grande, dos quais há 47 anos a Academia Sul-Mato-Grossense de Letras se faz presente em atividades na capital sempre em busca de fomentar a cultura através, principalmente, da Literatura”.

O encontro será aberto pela cantora Jane Ribeiro, com seu timbre de contralto (voz grave feminina) voltado às canções da terra, em alusão ao aniversário da cidade. Intérprete eclética, é reconhecida pela recriação do hino de Mato Grosso do Sul (convidada a emprestar sua voz em dois clipes realizados para divulgar o Estado), além de memoráveis apresentações que passam pela MPB, Música Regional sul-mato-grossense, Música Latino-americana e Norte-americana. 

Sobre o palestrante – Américo Ferreira Calheiros é formado em Letras, com especialização em Língua Portuguesa, e fundador do Grupo de Teatro Amador Campo-grandense. Cursou a Escola de Teatro Martins Pena, no Rio de Janeiro, implantando o teatro como ferramenta educacional na Rede Municipal de Ensino de Campo Grande. Escreveu e produziu mais de 80 espetáculos teatrais introduzindo essa arte em escolas e comunidades, incentivando grande número de artistas.

É autor das seguintes obras: Sem Versos, Memória de Jornal, Da Cor da Sua Pela, A Nuvem que Choveu, Poesia para que te quero e Na Virada da Esquina. Com expressiva trajetória em favor da cultura sul-mato-grossense, organizou os festejos alusivos aos 100 anos de Campo Grande e, junto ao poder público, atuou como presidente da Fundação Municipal de Cultura (Funcesp) e também da Fundação de Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul (Fundac), criando entre vários projetos, a “Cesta Básica da Cultura”.

Sobre a Academia Sul-Mato-Grossense de Letras – Com 47 anos de fundação (1971), é a mais alta entidade literária do Estado, com 40 Cadeiras vitalícias, aos moldes da ABL, tendo sua história integrada ao processo de formação cultural da sociedade, defendendo a língua portuguesa e o cultivo da arte literária, zelando e incentivando todas as vertentes artísticas e derivações da cultura estadual e nacional. 

Serviço

Chá Acadêmico da ASL

Dia 29 de agosto, às 19h30

Sede da ASL (gratuito)

Rua 14 de Julho, 4653, bairro Altos do São Francisco, Campo Grande

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