Cesta básica em Dourados fechou com aumento de preços

O valor da cesta básica do mês de março, comparado com fevereiro, apresentou aumento de 3,27%. É o que constata a pesquisa realizada pelo projeto de extensão Índice da Cesta Básica do Município de Dourados, do curso de Ciências Econômicas da Faculdade de Administração, Ciências Contábeis e Economia (FACE/UFGD). A pesquisa foi realizada na última semana do mês de março e na primeira semana de abril de 2020.

Os produtos que compõem a cesta básica são: açúcar, arroz, banana, batata, café, carne, farinha de trigo, feijão, leite, margarina, óleo de soja, pão francês e tomate. O trabalhador douradense teve que destinar uma quantia maior para a compra dos produtos que foi de R$ 427,42, o que equivale a 40,00% do salário mínimo.

O que se percebe é que a partir da implantação da quarentena devido à pandemia, coronavírus, alguns produtos já tiveram um aumento “que acreditamos ser fruto da especulação, porque não tem problema de transporte e nem aumento da demanda”,  disse o coordenador do projeto, professor Enrique Duarte Romero.

Já no âmbito nacional, o maior preço da cesta foi registrado no Rio de Janeiro, com R$ 533,65; seguida por São Paulo, com R$ 518,50 e a terceira capital com maior preço foi Florianópolis, com R$ 517,13. O valor da cesta teve um aumento em 15 das 17 capitais do país, conforme constata o DIEESE.

Os menores preços de março foram encontrados em João Pessoa, com R$ 414,05; Salvador, com R$ 408,06 e Aracaju, com R$ 390,20. Comparado com a capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, onde o preço da cesta foi de R$ 474,53, a cesta douradense é menor e, desta vez, superou aos preços praticados em cinco capitais estaduais do país, estas são: Natal, Belém, João Pessoa, Salvador e Aracaju conforme o DIEESE.

Dos 13 produtos que compõem a cesta básica, sete apresentaram um aumento de preços: o tomate, com o maior aumento chegando a 18,58%; a manteiga, com 14,20% e a banana, com 13,20%. Outros produtos que também aumentaram de preços foram o feijão, com 10,17%, o café em pó, com 9,65%; farinha de trigo, com 0,24% e a carne com 0,22%.

E seis produtos registraram queda de preços, estes foram: a batata com uma queda de 5,91%; o arroz com 1,51%; o leite com 1,36%; o açúcar com uma queda de 0,79%; pão francês 0,58% e com uma pequena queda o óleo de soja fechou com 0,53%.

Com o aumento dos preços dos produtos, o coordenador do projeto reforça aos consumidores douradenses de que vale a pena a pesquisa nos diversos supermercados da cidade. A diferença de preços entre o supermercado que praticou o preço mais elevado da cidade foi de R$ 66,72, ou seja, 16,76% menor. “Um ganho que consideramos compensa o sacrifício de percorrer vários estabelecimentos”, avalia o professor Enrique. Outra sugestão é verificar os levantamentos realizados pelo PROCON, que disponibiliza esta informação no início de cada mês.

Conforme o DIEESE, o valor do salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a 4.483,20 que representa 4,29 vezes do salário reajustado de 1.045,00 reais.

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