Os jogos da Série A do Campeonato Brasileiro poderão voltar a receber torcedores a partir da 23ª rodada, marcada para este fim de semana (dias 2 e 3). A decisão foi tomada pelo Conselho Técnico, que reúne os 20 clubes que disputam a primeira divisão.
Mas a presença de público depende da permissão do poder público, o que significa a ocupação máxima mudará de estádio para estádio. O estado da Bahia é o único que ainda não tem previsão para a reabertura das arenas aos torcedores. Por isso, o jogo do Bahia pela 23ª rodada, contra o Ceará, foi adiado.
O Palmeiras e o Bragantino, dois clubes paulistas que jogam em casa na 23ª rodada, decidiram jogar sem público. Eles enfrentam, respectivamente, o Juventude e o Corinthians. Se você se interessa, saiba mais sobre quais são os favoritos nas partidas das próximas rodadas do Brasileirão.
Votaram a favor da medida 18 dos 20 clubes da Série A. O Athletico-PR votou contra e o Flamengo não compareceu à reunião. O posicionamento do Flamengo tem origem na reunião anterior do Conselho Técnico, na qual o rubro-negro também não compareceu.
Na ocasião, os clubes decidiram manter em vigor o veto ao público – apesar de decisão do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), de permitir a presença de público em três partidas do Flamengo. Os demais clubes viram decisão de Paes como injusta, pois o Flamengo seria o único clube a contar com torcida.
A situação nos estados
O anúncio do governo paulista de que os estádios seriam reabertos aos fãs foi crucial para que outros estados tomassem a mesma medida, o que permitiu ao Conselho Técnico dar o seu aval à presença de público nos jogos.
O governador João Doria (PSDB) detalhou o plano gradual de reabertura das arenas em São Paulo, que deve ser concluído até novembro. A partir de outubro, poderão assistir aos jogos nos estádios os torcedores que estiverem completamente imunizados contra a covid-19 – ou seja: com as duas doses da vacina contra a doença ou com a dose única do imunizante da Johnson & Johnson.
Aqueles que tiverem recebido apenas a primeira dose da vacina também poderão entrar, desde que apresentem um resultado negativo de teste antígeno de covid realizado nas 24 horas anteriores, ou de um teste RT-PCR realizado nas 48 horas anteriores.
Com isso, no que depender do Palácio dos Bandeirantes, as partidas das diversas divisões do Brasileirão realizadas em solo paulista poderão voltar a contar com torcida.
O plano do governo Doria tem três fases:
– A partir do dia 4 de outubro, será permitida a lotação de até 30% de cada setor dos estádios
– Em 15 de outubro, o limite máximo sobre para 50% da capacidade de cada setor.
– Em 1º de novembro, deve ser permitida a lotação total dos estádios.
Em todas as fases, o uso de máscara será obrigatório em todas as partes das arenas.
A situação em outros estados do Brasil
A Bahia é, agora, o único estado sem previsão para reabertura dos estádios aos torcedores, entre aqueles que abrigam clubes que disputam a Série A do Brasileirão.
No Rio, pós dar carta branca apenas aos jogos do Flamengo, a gestão de Paes liberou a ocupação de 50% de estados e ginásios da cidade. Podem entrar apenas pessoas completamente imunizadas contra a covid-19.
Em Belo Horizonte, a prefeitura de Alexandre Kalil (PSD) liberou a ocupação de até 30% dos estádios. É preciso manter um assento de distanciamento entre pessoas de grupos diferentes.
No Ceará, a presença de público foi permitida após decreto do governador Camilo Santana (PT) que prevê um evento-teste na Arena Castelão, com ocupação de, no máximo, 10%.
O governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), emitiu decreto no início de setembro liberando a ocupação de até 40% de cada setor dos estádios. O número total de torcedores nas arenas não pode ultrapassar 2.500.
No Mato Grosso, a liberação de torcida se deu através de uma lei, aprovada pela Assembleia estadual em agosto. O texto prevê a ocupação de até 35% da capacidade dos estádios. Só podem entrar pessoas com imunização completa contra a covid ou que apresentem um teste RT-PCR negativo para a doença que tenha sido feito até 48 horas antes.
O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (Democratas), publicou decreto em agosto que permite a lotação de até 20% das arenas. O número máximo de fãs em cada partida não pode ultrapassar 5 mil. Cada torcedor precisa apresentar um teste RT-PCR negativo para a doença que tenha sido feito até 48 horas antes.
Em Santa Catarina, uma portaria do governador Carlos Moisés (PSL) liberou a torcida com regras complexas. Na Arena Condá, casa da Chapecoense, a lotação máxima permitida é de 30%. Só podem entrar pessoas que tenham concluído a imunização contra a covid-19 a, no mínimo 14 dias – ou que apresentem um teste RT-PCR negativo para a covid que tenha sido feito nas últimas 72 horas.
Pernambuco foi um dos últimos estados a autorizarem a presença de torcida. O governo de Paulo Câmara (PSB) autorizou um número máximo de 2.500 torcedores por partida. De acordo com as regras, 90% das entradas precisam ser vendidas para fãs totalmente imunizados contra a covid.
Os 10% restantes vão para pessoas que receberam apenas a primeira dose, desde que apresentem um resultado negativo de teste antígeno de covid realizado nas 24 horas anteriores, ou de um teste RT-PCR realizado nas 48 horas anteriores.
