
Durante a sessão ordinária desta segunda-feira (1º), o vereador Inspetor Cabral (PSD) fez um discurso firme em defesa da PEC 18/2025, a chamada PEC da Segurança Pública, que será votada pelo Congresso Nacional.
Com mais de 20 anos de atuação como Guarda Municipal, Cabral falou não apenas como parlamentar, mas como alguém que vive na prática a rotina da segurança pública de base.
Em sua fala, destacou que a proposta é aguardada há mais de três décadas e construída com estudos, responsabilidade e, principalmente, com a realidade de milhares de profissionais que compõem as Guardas Municipais no país.
Cabral criticou a narrativa do deputado federal Capitão Augusto, de São Paulo, que voltou a afirmar que Guardas Municipais não fazem papel de polícia. “Quando é para enfrentar o crime, proteger, arriscar a vida, a Guarda faz papel de polícia. Mas quando é para ter direitos, dizem que não somos polícia? Qual é a lógica?”, rebateu.
O parlamentar reforçou que as Guardas Municipais atuam diariamente em ocorrências de violência doméstica, capturas de foragidos, patrulhamento escolar e ações de proteção à comunidade, atividades típicas de força policial, embora nem sempre reconhecidas oficialmente.
Cabral também destacou que, em Dourados, o cenário é diferente, pois há integração entre as forças de segurança. “As Guardas Municipais não querem substituir a PM. Não querem competir. Querem somar. Servimos no mesmo território, olhando para o mesmo cidadão”.
O vereador reforçou seu respeito à Polícia Militar e afirmou que a PEC não busca retirar espaço de nenhuma instituição, mas reconhecer o que já acontece na prática, Guardas atuando como polícias municipais.
Ele também fez um apelo direto aos deputados de Mato Grosso do Sul, “Votem a favor da PEC 18/2025. Votem com base na realidade do Brasil, não em discursos que alimentam medo e confusão”.
Em tom firme, o vereador finalizou destacando que o centro do debate não é vaidade institucional, mas a necessidade de fortalecer quem está no dia a dia atendendo o cidadão. “A população sabe quem atende, quem protege, quem chega. Este debate é sobre fortalecer a segurança pública de base”.



