
A Caixa Econômica Federal realiza nesta quarta-feira (29) o pagamento da parcela de janeiro do Bolsa Família para os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) final 8. O valor mínimo do benefício permanece em R$ 600, mas com os adicionais previstos, a média sobe para R$ 673,62. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, o programa atenderá 20,48 milhões de famílias neste mês, com um investimento total de R$ 13,8 bilhões.
Além do benefício mínimo, o Bolsa Família inclui três adicionais para determinados grupos familiares. O Benefício Variável Familiar Nutriz concede seis parcelas de R$ 50 para mães de bebês de até seis meses, garantindo alimentação adequada para as crianças. Há também um acréscimo de R$ 50 para famílias com gestantes ou crianças entre 7 e 18 anos e um adicional de R$ 150 para aquelas com crianças de até seis anos.
O calendário do Bolsa Família segue o modelo tradicional, com pagamentos nos últimos dez dias úteis do mês. No entanto, beneficiários de estados afetados por desastres naturais receberam o pagamento antecipadamente no dia 20. Isso inclui moradores do Rio Grande do Sul, atingidos por enchentes, e de estados como Amazonas, Piauí, Rondônia, São Paulo e Sergipe, onde a população foi impactada por estiagem, chuvas intensas ou aumento de casos de dengue.
Desde o ano passado, os beneficiários não sofrem mais desconto do Seguro Defeso, um benefício destinado a pescadores artesanais impedidos de trabalhar durante o período da piracema. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que reestruturou o Programa Bolsa Família. Além disso, o programa implementou a chamada “regra de proteção”, garantindo que famílias que consigam um emprego formal e melhorem sua renda possam continuar recebendo 50% do benefício por até dois anos, desde que cada integrante receba até meio salário mínimo.
O Bolsa Família também passou a integrar seus dados ao Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), possibilitando um controle mais rigoroso das famílias aptas a receber o benefício. Como resultado, 440 mil famílias deixaram o programa neste mês por superarem o limite de renda, enquanto 110 mil foram incluídas através da política de busca ativa, que prioriza os mais vulneráveis.
Neste mês, o Auxílio Gás não será pago, pois o benefício tem periodicidade bimestral, retornando em fevereiro. O programa atende famílias do CadÚnico, especialmente aquelas que possuem membros que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Mulheres responsáveis pelo lar e vítimas de violência doméstica têm prioridade no recebimento do auxílio. (Com informações da Agência Brasil)