Dados são informações que são coletadas e estruturadas para algum determinado fim. Dentro do mercado de trabalho, todas as empresas precisam organizar, gerenciar e atualizar os dados. Para isso, normalmente, utilizam-se ferramentas. A níveis mais simples, uma planilha pode servir. No entanto, a principal e mais completa se chama SQL.
Com ela, pessoas que trabalham com programação podem administrar centenas de milhares de dados em pouco tempo. Além disso, é importante saber que isso acontece dentro de um sistema conhecido como banco de dados. Tudo isso é englobado pela área de ciência e gestão de dados.
Veja a seguir mais informações sobre dados, banco de dados, e cargos desta área que, apesar de frequentemente esquecida, ainda será muito promissora e importante em um futuro muito próximo.
O que configura um banco de dados
Assim como o próprio nome define, um banco de dados é um conjunto de informações que são relacionadas e estruturadas entre si. Para serem dados, essas informações precisam ter alguma relevância para o contexto em questão, além de terem sido convertidas para um formato que permita que possam ser transmitidas, armazenadas e processadas.
Todo dado recebido é armazenado pelos computadores em padrões de 1 e 0, o famoso código binário. Cada valor desse, ou seja, cada dígito, é um bit, a menor unidade de dados. Um byte são 8 valores desse. Por fim, todo armazenamento se estrutura em megabytes, gigabytes, terabytes, etc.
O banco de dados é o lugar dentro de um recurso eletrônico (como um computador) onde todos esses dados ficam armazenados, como os arquivos físicos para documentos em papel. Geralmente, esse banco de dados é controlado por um sistema de gerenciamento de banco de dados (DBMS). A aplicação e os dados em si, juntos, são conhecidos como sistema de banco de dados.
Nos mais comuns sistemas de banco de dados que estão em utilização nos dias de hoje, há a organização dos dados em linhas e colunas, formando uma série de tabelas. Esse formato é utilizado pois assim é mais fácil de processar, consultar, acessar, gerenciar, excluir, atualizar, adicionar e organizar dados.
Como já dito acima, a maioria dos bancos de dados utilizam uma linguagem de programação chamada SQL — Structured Query Language — como DBMS para gerenciar e controlar as informações presentes nessas tabelas.
Por que há muito interesse pelo tema
Apesar do interesse pelo tema não ser uma coisa nova, é relativamente recente a preocupação desse tema em ambiente digital, uma vez que esse mundo está cada vez mais presente em nosso cotidiano. Confira, abaixo, algumas razões pelas quais esse tema está sendo cada vez mais falado.
Os dados:
- ajudam a melhorar a qualidade de vida das pessoas, uma vez que é possível obter métricas e comprovar soluções a partir delas;
- são equivalentes a ter conhecimento, isso resulta em decisões mais assertivas e responsáveis;
- ajudam a interromper e prever crises antes que elas se tornem problemas irreversíveis;
- permitem determinar quão efetiva foi determinada solução;
- evitam que decisões sejam tomadas puramente por instintos;
- ajuda a ter controle sobre progresso, administração de finanças, entre outros;
- ajuda a conhecer melhor um determinado público.
Quais são os temas paralelos que é preciso estudar
Há todo um conjunto de profissionais que trabalham utilizando banco de dados diariamente. A pessoa que é responsável por estruturar, administrar e monitorar o funcionamento devido de um banco de dados é conhecida como DBA (Database Administrator). Já a pessoa que analisa a consistência das informações e dos dados, reunindo, interpretando e tirando conclusões, é conhecida como cientista de dados.
De todo modo, ambas carreiras não são somente suportadas pelo conhecimento em dados e banco de dados. Há outras áreas correlatas que são necessárias para trabalhar com esse material. E, são elas:
Processamento de dados
Essa atividade consiste na capacidade de reunir um grande número de dados para processá-los, catalogando, organizando e transformando-os em fluxos distintos para determinados objetivos.
Big Data
Essa área do conhecimento compreende um conjunto de dados que chegam, se alteram e se atualizam com uma enorme agilidade. Por serem muito numerosos e de uma gama variada de formatos, softwares de processamento tradicional não são capazes de processá-los e organizá-los, havendo a necessidade de desenvolvimento de soluções específicas para cada caso. Essa realidade é presente essencialmente em empresas maiores.
SQL
Pessoas que trabalham com banco de dados estão diretamente trabalhando com sistemas, softwares e outras soluções que envolvem tecnologia digital. Dessa forma, saber programação, mais especificamente a linguagem de programação feita para consultar banco de dados, o SQL, é essencial para qualquer pessoa que deseja trabalhar em qualquer área que envolva ciência e processamento de dados.
Aprendizado de máquina
Aprendizado de máquina é a área de conhecimento que engloba a criação e administração de algoritmos que, por meio de um conjunto especificado de dados, são capazes de fazer uma máquina aprender novas funções por conta própria. Dentro da área de dados, esse conhecimento é importante pois é muito utilizado para análises e previsões acerca de determinados cenários no mercado. Por meio deles, é possível saber como estará certa tendência dentro de meses ou anos.
Desse modo, saber operar e desenvolver soluções que utilizam aprendizado de máquina é indicado para quem deseja aprofundar e construir uma carreira em análise, processamento ou administração de dados.
Quem trabalha com banco de dados ganha bem?
Já falamos brevemente sobre alguns cargos que trabalham diretamente com a organização, criação, desenvolvimento, monitoramento e gerenciamento de banco de dados. Vamos conferir mais alguns e saber quanto é sua média salarial, segundo pesquisas realizadas pela Glassdoor:
- Cientista de dados: tem média salarial de R$7.226,00, podendo chegar até R$12.000,00 em algumas instituições.
- DBA: tem média salarial de R$6.940,00, podendo chegar a R$10.000,00 em algumas instituições.
- Analista de banco de dados: tem média salarial de R$5.480,00, podendo chegar a R$18.000,00 em algumas instituições.
- Arquiteto de dados: tem média salarial de R$10.000,00, podendo chegar a R$20.000,00 em algumas instituições.
Dessa forma, é possível concluir que essa área é muito valorizada, inclusive no quesito de remuneração. A tendência é que essa busca se torne ainda maior nos próximos anos, podendo acarretar aumentos salariais dos cargos evidenciados acima.
Qual a diferença entre programador e cientista de dados
Programador é a pessoa que trabalha utilizando linguagens de programação para a construção de códigos que dão instruções para computadores e que representam soluções digitais para diversos tipos de situações. Uma pessoa com esse cargo pode escolher trabalhar em diversas subáreas dentro do campo da programação, como segurança, desenvolvimento web, banco de dados, web design e desenvolvimento de aplicações.
Cientista de dados é a pessoa que é responsável por reunir, selecionar, catalogar, processar, interpretar e analisar dados, informando conclusões que normalmente serão planos de ação para companhias e empresas.
Apesar de ambos cargos utilizarem conhecimentos em comum de ciência da computação, ambos trabalham com objetivos bem distintos. A pessoa que deseja ser Cientista de Dados pode aprofundar-se um pouco em programação, mas apenas para aprender linguagens como Python e SQL, que auxiliarão na construção de soluções de análises de dados e aprendizado de máquina.
Já o programador desenvolve soluções no geral, para mais de uma área especificada. Mesmo que essa pessoa seja de determinada área, ela deverá ter outros tipos de habilidades técnicas para atuar em seu cargo.
A área de dados continuará valorizada pelos próximos 10 anos
Há aproximadamente 10 anos atrás, os dados provenientes do mundo todo começaram a se expandir e, até então, não há nenhuma indicativa de que isso será diferente nos próximos anos. Com a difusão da internet e das redes sociais, as pessoas passaram a diariamente alimentar a rede e diversos bancos de dados com diferentes tipos de dados, como solicitações de pesquisas em indexadores de busca, mensagens de texto, vídeos, fotos, etc.
Além disso, outro grande potencializador que virá a se popularizar ainda mais nos próximos anos são sensores e aparelhos de Internet das Coisas. Segundo pesquisas e previsões realizadas pela Statista, o mercado de Big Data mundial deve continuar crescendo a uma média de 7% a 8% ao ano até 2027.
Com isso, especialistas apontam que o total de dados gerados globalmente em 2025 pode chegar a 175 zettabytes. Para efeito de compreensão, 1 zettabyte contém 10007 bytes, que são 10000000000 bytes. 1 Gigabyte, uma unidade mais comum, contém apenas 10003 bytes, que são 1000000 bytes. Essa é a quantidade de informação que deverá ser gerida, causando uma grande preocupação, tanto com processamento, quanto com armazenamento.
Assim, o que será feito com tamanha informação e dados gerados? Como eles serão gerenciados, armazenados, processados e analisados? É por esse motivo que há uma enorme valorização dessa área pelas empresas e companhias para os próximos anos. Afinal, os dados não param de aumentar em tamanho, velocidade e variedade, e é necessário pessoas especialistas que sejam capazes de lidar com essa quantidade absurda, desenvolvendo soluções inteligentes.
