Assistência Social ministra palestras de combate ao suicídio

Cras do Canaã I é um dos que receberão palestras acerca do combate ao suicídio - Foto: Arquivo
Cras do Canaã I é um dos que receberão palestras acerca do combate ao suicídio – Foto: Arquivo

Palestras no contexto do projeto “Não Jogue com a Vida”, de prevenção e combate ao suicídio acontecem nos Cras

A Prefeitura de Dourados, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, promove durante todo o mês de setembro nos Cras (Centros de Referência em Assistência Social) uma programação de palestras no contexto do projeto “Não Jogue com a Vida”, de prevenção e combate ao suicídio. O projeto foi idealizado pela secretária Ledi Ferla, em atendimento ao pedido da prefeita Délia Razuk, de promover ações de combate a este problema social.

As palestras serão ministradas pelos acadêmicos de psicologia Sandro Toledo e Regina Célia, que participaram de capacitação sobre o tema e que trarão alertas para os sinais aparentes nas potenciais vítimas deste problema. O público estimado é de 50 espectadores em cada uma das nove unidades do Cras, que cobrem 20 territórios no município de Dourados.

Segundo a técnica da Assistência Social, Shirley Flores Zarpelon, responsável pela organização das palestras, serão abordados os grupos de risco com ênfase na valorização da vida. “A pessoa que pensa em suicídio nem sempre deseja o fim da vida, mas pode ser que ela queira o fim de uma dor, de um sentimento ruim. Isto precisa ser abordado”, disse.

Instituído em 2003, o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Combate ao Suicídio, mas no Brasil o assunto só passou a ser tratado com mais abrangência em 2014.

Em Dourados, o campo de atuação é grande e o intuito da Secretaria de Assistência Social é suscitar discussões sobre o tema. “Por muito tempo, falar de suicídio era um tabu. Mas falar sobre isso é falar sobre os problemas inerentes aos sentimentos humanos. É buscar ajudar as pessoas identificando sinais. Quem tenta suicídio pede ajuda e é necessário estar preparado para ouvir”, disse.

Uma das frases que norteiam as ações é: “Basta de silêncio, fala aí”. Com este pensamento, o foco é olhar para os sinais da depressão, da frustração, desvalorização da vida, que são portas de entrada para o suicídio.

Segundo dados do CVV (Centro de Valorização da Vida), em média 25 brasileiros se suicidam por dia e de cada 30 pessoas, cinco já pensaram em se matar. No mundo, ocorre um suicídio a cada 40 segundos, totalizando um milhão de mortes por ano, sendo que as tentativas ultrapassam 10 milhões. As mortes tem maior incidência entre homens, embora as tentativas sejam mais do universo feminino. Embora seja inerente à natureza humana, este é um tema que precisa ser debatido, já que 90% dos suicídios podem ser combatidos.

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