Arthur Cabral fez 12 gols no Basel e será comprado por cerca de R$ 26 milhões

Arthur Cabral durante atividade na Academia de Futebol do Palmeiras – Foto: Cesar Greco/Ag. Palmeiras

A negociação em definitivo de Arthur Cabral com o Basel, tida pelo Palmeiras como certa antes mesmo de o atacante atingir a meta que obrigaria o clube suíço a comprá-lo, tem motivado uma pergunta em torcedores do Verdão: afinal, por que ele pouco jogou em 2019?

Não há uma única explicação, mas diferentes fatores, alguns até expostos publicamente na época em que o elenco era chefiado pelo técnico Luiz Felipe Scolari.

Contratado pelo Palmeiras depois de se destacar no Ceará na temporada anterior, o atacante, então com 20 anos, foi bem nos primeiros treinos na Academia de Futebol, mas se queixou de dores no púbis ainda durante a pré-temporada – daí em diante, as atividades foram fechadas à imprensa.

Apesar do incômodo, a decisão inicialmente foi mantê-lo em atividade para que ele não perdesse o período de treinos com o restante dos atletas. Mas em seguida, no início do Campeonato Paulista, Arthur Cabral passou a fazer trabalho específico de fisioterapia e só foi inscrito para as quartas de final.

Foi justamente no primeiro jogo do mata-mata estadual a sua estreia. Ele entrou no intervalo contra o Novorizontino, no lugar de Borja, e marcou o gol do empate por 1 a 1. Seu único gol em seis partidas com a camisa alviverde.

Por que só seis jogos?

Relatos de quem assistiu aos treinos fechados à imprensa indicam que ele perdia na comparação com seus concorrentes no elenco (como Deyverson e Borja) principalmente em velocidade.

Felipão o considerava lento, ao menos para o estilo de jogo que tinha desenhado para o Palmeiras. Mas não só. Ainda segundo quem trabalhou com Arthur Cabral no clube, ele ficava atrás em alguns movimentos técnicos específicos da posição e vinha sendo lapidado para melhorar tais fundamentos.

– Tem que ser um pouco mais explosivo durante os treinamentos. Inclusive, a gente está insistindo em alguns trabalhos especiais para que ele tenha uma movimentação maior, deslocamentos melhores. Não só imposição física, mas trabalho técnico – chegou a dizer Felipão, em 30 de maio do ano passado, após uma das muitas partidas em que manteve o jogador no banco.

Entre aquela entrevista coletiva e o empréstimo ao Basel, em agosto, Arthur Cabral fez somente dois jogos: entrou no segundo tempo de um amistoso contra o Guarani e, em sua única oportunidade como titular, jogou 90 minutos diante do Vasco, pelo Campeonato Brasileiro.

Poderiam ter sido ao menos sete jogos, em vez de seis. Dias antes do duelo com a equipe carioca, Felipão mudou em cima da hora a ideia de escalar os reservas contra o Ceará, após a eliminação para o Internacional na Copa do Brasil. A princípio, Arthur Cabral enfrentaria o ex-time na derrota no Castelão.

Da Gazeta Esportiva

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