Lula terá vida normal após alta, diz médico © Marcelo Camargo/Agência Brasil

Após a cirurgia para tratar um sangramento no cérebro, o presidente Lula precisará manter um dreno na cabeça por um a três dias para drenar secreções, informou o médico Marcos Stavale em entrevista a jornalistas. Stavale acrescentou que Lula poderá retomar uma vida normal após receber alta hospitalar. Segundo o R7, as declarações foram feitas nesta terça-feira (10) em São Paulo, onde o médico Roberto Kalil Filho, que acompanha a saúde do presidente há anos, garantiu que Lula não apresentará nenhuma sequela.

Ana Helena Germoglio, médica da Presidência da República, também participou da entrevista e esclareceu que a transferência de Lula de Brasília para São Paulo foi uma decisão da equipe médica, confirmação também feita por Kalil. Ela relatou que o presidente passou pelo voo de transferência lúcido e conversando. Lula começou a sentir mal na segunda-feira (9), sendo inicialmente levado para a unidade do hospital Sírio-Libanês em Brasília antes de ser transferido para São Paulo.

A hemorragia intracraniana, condição séria que envolve sangramento dentro do cérebro ou entre suas membranas protetoras, foi o diagnóstico da equipe médica. No caso de Lula, o sangramento ocorreu entre as membranas que envolvem o cérebro. A hemorragia foi descoberta após o presidente relatar fortes dores de cabeça em Brasília, o que levou à realização de exames de imagem que confirmaram o problema. Imediatamente, Lula foi transferido para o Hospital Sírio-Libanês em São Paulo, onde passou por uma trepanação para drenagem do hematoma.

A hemorragia intracraniana pode ser causada por diversos fatores, incluindo traumas, hipertensão e aneurismas rompidos. Segundo o médico Fabiano de Abreu Agrela, pós-doutor em neurociências, esse tipo de sangramento pode aumentar a pressão dentro do crânio, prejudicando os tecidos cerebrais e afetando funções neurológicas importantes. Os sintomas comuns incluem dor de cabeça súbita, confusão, náuseas, convulsões e perda de consciência, variando em gravidade conforme o caso.

No caso de Lula, a equipe médica enfatizou que o presidente não sofreu sequelas neurológicas, pois o hematoma estava localizado fora do cérebro, formando uma espécie de “cápsula”. Isso permitiu um tratamento eficaz sem danos permanentes às funções cerebrais. O procedimento realizado foi essencial para estabilizar a saúde do presidente, e os médicos estão confiantes na plena recuperação de Lula, permitindo que ele retome suas atividades normais em breve.

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