André Nezzi anuncia operação de limpeza em Caarapó

Reunião no gabinete do prefeito definiu data do mutirão de limpeza no Setor I – Foto: Dilermano Alves

O prefeito interino de Caarapó, André Nezzi (PDT), anunciou na manhã desta segunda-feira (8) a realização de um grande mutirão de limpeza em todos os bairros da cidade. O objetivo é combater as doenças típicas de verão, como a dengue, a zica e a chikungunya, além de controlar a proliferação do caramujo africano.

Em reunião com os secretários Valberto Ferreira Costa (Saúde) e Odenilson Romeiro (Serviços Urbanos) e com o coordenador do Departamento de Controle de Vetores, Ivo Benites, o dirigente caarapoense informou que a campanha deverá ter início pela área central da cidade. Denominada Setor I, a área de abrangência são as regiões compreendidas pelos postos das Estratégias de Saúde II e IV.

“Vamos limpar a cidade, prevenindo doenças e a proliferação do caramujo”, comentou André Nezzi, acrescentando que “todos devem ficar atentos para o período em que o mutirão será realizado”. No caso do Setor I, entre os dias 15 e 20 deste mês, os moradores deverão retirar entulhos, galhadas e tudo o que querem descartar. Os organizadores pedem que todo o lixo retirado do quintal ou terreno baldio seja colocado defronte ao imóvel nas datas anunciadas. Entre 23 e 31 de outubro, a prefeitura fará a coleta desse material. Depois da coleta, o morador não poderá mais deixar lixo resultante da limpeza de quintal e terrenos defronte ao imóvel por onde já passou o mutirão, sob pena de aplicação de multa.

A execução da limpeza em outras áreas será oportunamente informada, de acordo com calendário que está sendo elaborado pelos organizadores do mutirão, que, além de representantes das Secretarias de Saúde e de Obras, tem ainda a participação do Comitê Municipal de Combate à Dengue.

As autoridades municipais de saúde de Caarapó chamam a atenção para a necessidade de engajamento da população na campanha. Em um passado recente, o foco central era quase que exclusivamente a prevenção da dengue, uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. No Brasil, foi identificada pela primeira vez em 1986. Estima-se que 50 milhões de infecções por dengue ocorram anualmente no mundo.

Atualmente, a luta também tem como inimiga a febre chikungunya, doença transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. No Brasil, a circulação do vírus foi identificada pela primeira vez em 2014. Chikungunya significa “aqueles que se dobram” em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. Refere-se à aparência curvada dos pacientes que foram atendidos na primeira epidemia documentada, na Tanzânia, localizada no leste da África, entre 1952 e 1953.

Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, além de dedos, tornozelos e pulsos. Podem ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Não é possível ter chikungunya mais de uma vez. Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida. Os sintomas iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito. O mosquito adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada, durante o período em que o vírus está presente no organismo infectado. Cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas.

O terceiro alvo é o zika, vírus que também é transmitido pelo Aedes aegypti e identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. O vírus Zika recebeu a mesma denominação do local de origem de sua identificação em 1947, após detecção em macacos sentinelas para monitoramento da febre amarela, na floresta Zika, em Uganda.

Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente entre três e sete dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito, como identificado no mês de novembro de 2015, pela primeira vez na história.

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