Ajuda humanitária alivia população prejudicada pelas chuvas em Aquidauana

Donativos às famílias afetadas por enchente podem ser entregues na Cavalaria da Polícia Militar – Foto: Chico Ribeiro

Quase 15 dias depois das águas do rio inundarem parte de Aquidauana, a 139 quilômetros de Campo Grande, Floripes Justino Alves dos Santos, a “Dona Nega”, 62, voltou para casa com o marido e o neto, de 12 anos. O sofrimento dela só não foi maior por causa das ações do poder público e da solidariedade da população.

“Perdi guarda-roupa, armário de cozinha, estante e um colchão. A água subiu muito rápido e não deu para salvar muita coisa. Se esta casa não fosse minha, eu me mudava”, conta. O nível da água chegou próximo ao teto da residência. Ela foi uma das 1008 pessoas atendidas na cidade por causa da enchente. Ela ficou em um abrigo e recebeu mantimentos.

Com a presença do governador Reinaldo Azambuja, a Defesa Civil Estadual já entregou 70 cestas básicas e 200 mantas em Aquidauana e Anastácio. E a Polícia Militar arrecadou e levou para Aquidauana 7 toneladas de alimentos, roupas, utensílios e brinquedos. Os produtos foram arrecadados em cinco dias, na Capital, com a ajuda do pugilista Popó, tetracampeão mundial, que gravou um vídeo, divulgado no Facebook, pedindo a ajuda humanitária.

“Tivemos noção de que o volume tinha sido bem grande quando começamos a retirar as doações do caminhão”, contou o comandante do Esquadrão de Cavalaria da Polícia Militar, tenente-coronel Guilherme Dantas Filho. Os produtos foram entregues à Prefeitura de Aquidauana que está fazendo a triagem e distribuindo para as famílias que chegaram a ficar desabrigadas e desalojadas. As doações continuam na Capital até 10 de março.

A primeira-dama do Município, Maria Elisa, explicou que a maior necessidade da população atingida é de colchões, lençóis, travesseiros e utensílios. “Tem gente que perdeu tudo”, disse. O secretário municipal de Assistência Social, Marcos Chaves, conto que 148 pessoas foram levadas para três abrigos, onde receberam doações e cinco refeições por dia.

Agora, as últimas famílias já estão retornando para as suas casas. Morando há apenas cinco meses em Aquidauana, Juliana Celestino de Souza, 31 anos, e os quatro filhos tiveram que sair correndo de casa. Ela acumula prejuízos: guarda-roupa, cama de casa, armário e mesa. “Foi um susto enorme, foi tudo muito rápido!”, relembrou.

A dona de casa Bruna Aguilhera, 36, o marido Celso Canteiro, 49, e os três filhos também ficaram desalojados. Eles perderam uma cama de casal e uma cômoda. Márcia Fereira, 50, é outra que precisou deixar o lar, que ficou inundado. “Tivemos um atendimento excelente aqui no abrigo. Estão todos de parabéns”.

Como ajudar

Quem quiser ajudar as famílias afetadas pela enchente em Aquidauana podem fazer a doação de produtos na Cavalaria da PM, na rua Lima Félix, 174, no Parque dos Poderes, em Campo Grande. A Cavalaria fica próxima ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestre (Cras).

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