O acadêmico Rafael Dantas de Oliveira, que cursa história na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e também faz mestrado em Estudos Culturais na mesma universidade, no campus de Aquidauana, foi aceito para fazer uma mobilidade acadêmica (intercâmbio), na Universidade do Porto, em Portugal, no período de setembro de 2022 a fevereiro do ano que vem.
Ao mesmo tempo em que comemora a oportunidade de fazer parte do seu mestrado em Portugal, Rafael também se preocupa com a parte financeira: ele precisa de recursos para gastos como transporte, passaporte, passagens de ida e volta, moradia, seguro internacional obrigatório. O custo médio enquanto estiver em território português está calculado em R$ 25 mil.
Para levantar a quantia necessária, o acadêmico abriu um financiamento coletivo no site Catarse.
Dependendo da quantia, o colaborador pode ganhar uma caneca personalizada com uma arte de Leonardo Mareco, ou optar por um curso ou ainda um tutorial do próprio Rafael Dantas.
Estudar na Universidade do Porto, que foi fundada em 1911, e é considerada a melhor universidade portuguesa, por seus investimentos, bons índices e característica forte da internacionalização com parcerias com universidades estrangeiras, fez com que Rafael saísse da zona de conforto e tentasse o desafio, que deu certo com o aceite dele em Portugal.
Rafael só tem garantida a vaga na Universidade do Porto com isenção de taxas acadêmicas. A inscrição definitiva só poderá ser efetuada após a chegada à universidade. Para manter os custos, está fazendo uma campanha colaborativa. “Eu quero muito ir para a Universidade do Porto e voltar para meu estado para aqui empregar todo o conhecimento e cultura que aprender por lá. Não posso perder esta grande oportunidade da minha vida. Preciso muito de cada doação que as pessoas puderem fazer. Sei que está difícil para todo mundo, mas peço a ajuda de todos para realizar este sonho”, diz.
Rafael é um jovem de 26 anos, que conquistou vaga para a primeira graduação de artes visuais e a atual segunda graduação, por cota de negros que estudaram em escola pública. Ele diz sempre está em busca de aperfeiçoamento pessoal e novas oportunidades para sua formação. “Quando concluí artes visuais fui professor da disciplina em uma escola particular. Depois passei no processo seletivo para o Programa Cidadania Viva, depois para o mestrado que também é por meio de bolsa. Agora veio esta oportunidade de realizar o sonho de ir para a Universidade do Porto”, diz.
Quando foi aprovado para a bolsa do mestrado, Rafael teve de desistir da bolsa de monitor social do Programa Cidadania Viva, que é da Secretaria Estadual de Cidadania e Cultura (Secic), que o garantia por 12 meses, com possibilidade de mais 12. “Aprendi muito no Cidadania sobre enriquecimento da linguagem com curso de oratória, produção audiovisual e também sobre os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da ONU, e agora posso usar para toda vida”, pontua.
