
A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta terça-feira (30), a Operação Fluxo Oculto, com foco no desmantelamento de uma organização criminosa envolvida com o tráfico de drogas e baseada em Mato Grosso do Sul. A ação resultou no bloqueio judicial de mais de R$ 4 milhões do grupo investigado, além do cumprimento de mandados em quatro estados.
Segundo o site Midiamax, em Campo Grande, equipes do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) atuam em apoio à Polícia Civil de Goiás, responsável pela deflagração da operação. Três mandados de busca e apreensão são cumpridos na Capital, com alvos também localizados nos municípios sul-mato-grossenses de Chapadão do Sul e Cassilândia.
Além de Mato Grosso do Sul e Goiás, a operação ocorre simultaneamente nos estados do Rio de Janeiro e Paraná. Ao todo, foram expedidos 10 mandados de prisão temporária e 23 de busca e apreensão domiciliar, em diferentes localidades ligadas à quadrilha.
As investigações abrangem uma série de crimes: tráfico de drogas, associação criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado mediante fraude eletrônica e estelionato. A estrutura da organização indicava um esquema articulado, com ramificações financeiras e logísticas interestaduais.
Segundo a Polícia Civil, o ponto de partida da apuração foi a interceptação de comunicações e a quebra de sigilos telemáticos e bancários de um varejista de drogas em Mineiros (GO). A partir dessas informações, foi possível mapear conexões com fornecedores em Campo Grande e Goiânia, revelando a amplitude da rede criminosa.
Durante o inquérito, uma mulher passou a ser considerada uma das principais articuladoras do esquema, sendo responsável por movimentar cerca de R$ 30 milhões. Ela já era alvo de investigações do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) e da Polícia Federal, e havia sido presa no exterior e extraditada ao Brasil.
A operação estava inicialmente prevista para ocorrer dentro de um mês, mas foi antecipada após decisão judicial que determinou o bloqueio imediato de valores, com o objetivo de impedir a dissipação de recursos. As autoridades identificaram que os principais investigados haviam tomado conhecimento das investigações e já adotavam estratégias de proteção patrimonial e jurídica.
A Operação Fluxo Oculto reforça o comprometimento das forças de segurança em desarticular organizações criminosas de grande porte, atuando de forma integrada entre estados e com o suporte de inteligência financeira e tecnológica. O caso segue em investigação para aprofundamento das conexões e responsabilização dos envolvidos.