1ª Feira de Economia Solidária acontece na Praça Antônio João

A partir de hoje e até sábado, véspera do Dia das Mães, será realizada a 1ª Feira de Economia Solidária, das 9h às 22h, na Praça Antônio João.  As empreendedoras estão comercializando artesanatos, roupas, doces, compotas e também frutas, legumes e verduras orgânicos.

Um diferencial da Feira é a organização coletiva da produção, por meio de cooperativas e associações, baseadas na democracia e formadas em sua maioria por mulheres. Além disso, os produtos fazem bem para a saúde e para o meio ambiente porque são originados na agricultura familiar e na agroecologia.

A UFGD é uma das apoiadoras da Feira e vários projetos de extensão e pesquisa são realizados com esses empreendedores nas comunidades de Dourados e Região.  A realização do evento é do Fórum de Economia Solidária de Dourados e da entidade Mulheres em Movimento. A Prefeitura de Dourados e Banco Pirê também são apoiadores da iniciativa.

Economia Solidária

A Economia Solidária pode ser definida em três dimensões:

Economicamente, é um jeito de fazer a atividade econômica de produção, oferta de serviços, comercialização, finanças ou consumo baseado na democracia e na cooperação, o que chamamos de autogestão: ou seja, na Economia Solidária não existe patrão nem empregados, pois todos os/as integrantes do empreendimento (associação, cooperativa ou grupo) são ao mesmo tempo trabalhadores e donos.

Culturalmente, é também um jeito de estar no mundo e de consumir (em casa, em eventos ou no trabalho) produtos locais, saudáveis, da Economia Solidária, que não afetem o meio-ambiente, que não tenham transgênicos e nem beneficiem grandes empresas. Neste aspecto, também simbólico e de valores, estamos falando de mudar o paradigma da competição para o da cooperação de da inteligência coletiva, livre e partilhada.

Politicamente, é um movimento social, que luta pela mudança da sociedade, por uma forma diferente de desenvolvimento, que não seja baseado nas grandes empresas nem nos latifúndios com seus proprietários e acionistas, mas sim um desenvolvimento para as pessoas e construída pela população a partir dos valores da solidariedade, da democracia, da cooperação, da preservação ambiental e dos direitos humanos.

A economia solidária é praticada por milhões de trabalhadoras e trabalhadores de todos os extratos, incluindo a população mais excluída e vulnerável, organizados de forma coletiva gerindo seu próprio trabalho, lutando pela sua emancipação em milhares de empreendimentos econômicos solidários e garantindo, assim, a reprodução ampliada da vida nos setores populares.

São iniciativas de projetos produtivos coletivos, cooperativas populares, cooperativas de coleta e reciclagem de materiais recicláveis, redes de produção, comercialização e consumo, instituições financeiras voltadas para empreendimentos populares solidários, empresas autogestionárias, cooperativas de agricultura familiar e agroecologia, cooperativas de prestação de serviços, entre outras, que dinamizam as economias locais, garantem trabalho digno e renda às famílias envolvidas, além de promover a preservação ambiental.

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